sábado, setembro 29, 2007

A Personalidade Forte Não Existe!

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É comum ouvir-se dizer que determinadas pessoas têm “personalidade forte”. Ainda recentemente na “grande entrevista”, Judite de Sousa, assim definiu a campeã Vanessa Fernandes.

Ora, compreende-se que, no senso comum, “personalidade forte” significará alguma pessoa determinada, que luta pelos objectivos, persistente, etc.

Mas, do ponto de vista da ciência – e entenda-se que a personalidade, em termos científicos, é investigada primordialmente pela Psicologia – “personalidade forte” não existe. Nenhum investigador nas suas investigações utiliza esta expressão, tanto da sua autoria como adaptada. Logo, cientificamente, ninguém tem “personalidade forte”!

Porque a personalidade é vasta e complexa, sendo que as diversas teorias, com diferentes especificidades, se conjugam em muitos aspectos para categorizar uma só pessoa.

Existem tipos e traços de personalidade que se encontram teoricamente definidos e com os quais cada pessoa se poderá identificar. Mas estes traços tanto se encontram definidos para a vertente mais positiva – pessoas mais equilibradas – como para a mais negativa – pessoas mais hiperactivas ou deprimidas, por exemplo. O que significa que, uma pessoa que mantenha a sua personalidade ao longo do tempo e em diversas situações, teria uma “personalidade forte”, independentemente da forma como essa personalidade se traduzisse nos comportamentos e nas atitudes.

Concluindo, tanto tem “personalidade forte” aquele que luta com determinação por objectivos nobres, como aquele que pára sempre ao menor obstáculo, como ainda aquele que nunca deixa de desejar ou fazer mal aos outros. Como tal, não é correcto utilizar-se a expressão “personalidade forte” quando se pretende adjectivar positivamente alguém.


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terça-feira, setembro 11, 2007

Psicólogos nos Centros de Saúde

Uma investigadora da Universidade do Minho realizou um estudo no qual concluiu que, se existíssem Psicólogos nos Centros de Saúde, as despesas seriam inferiores em 20%. Isto porque, muitas das pessoas que vão aos centros de saúde estão doentes apenas em termos socias e psicológicos e o seu tratamento exigiria outras soluções que não a medicação.

Se os governantes deste belo país não estão preocupados com a saúde social e psicológica dos seus habitantes, já que é em torno da economia que tudo gira, este seria um bom motivo para questionar se não seria uma medida positiva colocar mais Psicólogos nos Centros de Saúde.

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