domingo, janeiro 21, 2007

Alternativa ao Aborto

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Segundo o site Eu voto Sim, entre outras razões, a Ana Sofia abortou porque “estava desempregada”. A Teresa Cardoso abortou porque “Estava a acabar de sair de uma relação em que era agredida intensamente fisicamente e psicologicamente. A Maria João abortou porque “Vivia sozinha com a minha filha mais velha, não tinha uma relação estável, não iria criar laços com o pai da criança só porque ela existia. A Ana Pires abortou porque “parei a pílula com a determinação de colocar o tal do DIU quando voltasse a menstruar. No entretanto... engravidei. A Helena Oliveira abortou porque “Foi um pouco de descuido da minha parte.” A Margarida Oliveira abortou porque “outro ente querido que faleceu e, entretanto, fiquei grávida. Eu não estava em condições para ser de novo mãe.” A Ana Maria abortou porque “já tinha um filho, e não tinha possibilidades de ter outro.”

Não pretendemos tomar posição nem tão pouco criticar estas mulheres pela opção que tomaram. Mas temos que considerar as alternativas, porque defendemos que essa é a solução para este problema. Assim:

Ana Sofia não abortaria se tivesse emprego. A Teresa Cardoso não abortaria se não houvesse violência conjugal. A Maria João não abortaria se tivesse uma relação estável. A Ana Pires não abortaria se soubesse usar correctamente os meios anti-concepcionais. A Helena Oliveira não abortaria se fosse mais cuidadosa. A Margarida Oliveira não abortaria se tivesse apoio emocional numa fase de luto. A Ana Maria não abortaria se tivesse possibilidades de ter outro filho.

Aquilo que faltou a estas mulheres é aquilo que merece o nosso investimento e a nossa preocupação!

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Aborto Político

Divulgado hoje estudo sobre taxas de aborto em Portugal
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O Referendo ao Aborto é um erro político provocado pelo Bloco de Esquerda, pois em todas as suas intervenções fazia questão de o referir, mesmo quando o assunto estava adormecido, chegando ao ponto de enfadar com o tema.

Teve nisso a sua vitória política, mas veremos agora qual vai ser a vitória do referendo. Pois se o “Não” vencer verá que o seu propósito era apenas político e não em defesa das mulheres. O que acontecerá depois veremos. Mas o ideal seria mesmo ter apresentado uma proposta à Assembleia da Republica de forma a mudar a legislação para que o aborto deixasse de ser crime, sem ter que se fazer dele esta campanha triste e inútil.

Se o “Não” vencer ficará tudo mesma, promessa do primeiro-ministro. E talvez essas decisões delicadas não devessem ser colocadas a referendo. A população em geral não tem conhecimentos para avaliar questões importantes. Teriam que ser os técnicos e os políticos a decidir.

Se o “Sim” vencer, naturalmente será para a esquerda ouro sobre azul. Porque defende simultaneamente o referendo e o sim. Mas se a esquerda está no poder, com maioria, não necessitava de referendar este assunto. Pois é um assunto que não tem decisão clara. Reúne aspectos de várias áreas da natureza e da realidade humana e por isso não devia ser decidida por simples votos de “sim” ou “não”, muito menos apoiados em interesses políticos.

quinta-feira, janeiro 11, 2007

A lei da selva!...


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Retratamos aqui a expressão de uma pessoa que dizia que quando caminhava na rua não se desviava dos outros, pois considerava que os outros é que tinham que se desviar dela…

Saddam Hussein foi um líder que alcançou o poder graças às circunstâncias de que a sua vida, a sua personalidade e o seu país permitiram. A sua ambição levou-o ao domínio de um povo, que era constituído pelos que o apoiavam e pelos que eram obrigados a apoiá-lo. Pois eliminava que ousasse enfrentá-lo.

Embora o seu percurso de vida não tenha sido todo negativo nem resultante sempre de acções por ele concertadas, queremos aqui referir o facto de ter sido um dos maiores líderes do mundo, apesar de ter nascido pobre e em ambiente hostil. Por aqui se pode concluir que dificilmente a ambição de uma pessoa pode levar tão longe.

No entanto, após ter sido uma das pessoas mais ricas do mundo, com dezenas de palácios construídos pelos mais luxuosos materiais, e tudo o mais que em termos materiais e de poder é possível obter, terminou a sua vida no limite do tolerável em termos humanos, com uma morte provocada por outros e exposta para todo mundo mais evoluído, como nenhuma outra houvera.

Em poucos anos passou do máximo que uma pessoa pode ambicionar ao pior que lhe pode acontecer.

Se Saddam Hussein aceitasse negociar com os Estados Unidos a retirada do Koweit, se aceitasse que os supervisores da ONU investigassem se tinha ou não tinha armas, se soubesse por algum momento ceder às pressões de que era alvo, provavelmente hoje continuaria a ser o presidente do Iraque, ou mesmo um ex-presidente respeitável.

Fica aqui a mensagem de que, aqueles que ousam não parar quando pelo caminho se cruzam outros, devem pensar melhor qual a sua posição na vida, pois aqueles com quem nos cruzamos, embora possam aparentar maiores fragilidades que as nossas, podem na realidade ser mais fortes.


quinta-feira, janeiro 04, 2007

Viver e Morrer com Dignidade

Foto: AFP
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Agora que o novo ano começou e a esperança surge como algo que nos vem trazer um novo alento à vida, vimos aqui referir o aspecto psicológico de que esta esperança se reveste. De facto, se não houver uma atitude activa, de esforço e de trabalho, por parte de cada um, no sentido de melhorar aquilo que realmente deseja mudar, a simples mudança do ano, em nada de significativo vem alterar a nossa vida.

Vem neste sentido, entre os balanços do ano findo e os projectos para o novo ano, a referência ao artigo sobre cuidados paliativos publicada na última edição da revista Teste Saúde (nº64, Dez-06/Jan-07), que refere que precisamos de aprender a morrer com dignidade. No balanço final de um ano são sempre recordados aqueles que partiram, e espera-se que nenhuma das pessoas que nos são próximas partam.

Mas a lei da vida é implacável, e muitos dos que passaram este ano não passarão o próximo. Assim, devíamos pensar principalmente naqueles para quem os dias já se adivinham os últimos, ou porque têm doenças incuráveis ou porque a idade assim o determina, e trabalhar para que estes dias sejam pelo menos vividos com alguma dignidade e principalmente na companhia daqueles que lhes são mais queridos. A aceitação da morte é o primeiro passo, o apoio de técnicos especializados é importante, e a companhia dos familiares e amigos determinante. Se pensássemos se pudéssemos escolher em que circunstâncias gostaríamos de morrer, talvez mudássemos de atitude, porque, da forma como nós formos para os outros é assim que eles serão para nós.

Bom Ano de 2007