Médicos que Matam

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No programa de informação “Sexta às 9” que a RTP difundiu no dia 18 de Maio último, uma investigação jornalística concluiu que morrem mais pessoas devido a erros médicos, em Portugal, que em acidentes de viação. 3000 pessoas por ano.

A ser verdade esta realidade, importa pensar qual o papel de cada um de nós, utentes do serviço nacional de saúde, no que respeita à nossa habitual predisposição para confiar nos médicos e nos serviços de saúde.

Três razões justificam esta realidade: o não conhecimento da medicina enquanto ciência por parte do cidadão comum; o ocultamento dos erros e negligências por parte dos profissionais da medicina que se auto-protegem; a inexistência da procura de alternativas aos serviços de saúde, nomeadamente para terapias que podem ser alternativas aos atos médicos.

É certo que em horas de emergência, devido a acidentes, ou doenças graves e agudas, todos desejamos ser atendidos com a maior brevidade possível e nem questionamos que tipo de serviço e de profissionais nos atendem. Podemos morrer, mas não questionamos.

No entanto, muitas vezes – e falta fazer o estudo para saber qual a incidência – procuramos os serviços de saúde e sujeitámo-nos a atos médicos sem termos necessidade disso, porque há alternativas. E os psicólogos têm aqui um papel importante a implementar.

Da próxima vez que pensar que é arriscado andar na estrada, pense também que mais arriscado é cair nas mãos de um médico, ainda que seja para uma cirurgia plástica!