domingo, abril 22, 2007

Crenças e Descrenças


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Acaba de ser anunciado pelo Vaticano que as crianças que morrerem antes de serem baptizadas vão passar a ter direito a ir para o céu. Isto porque até agora, para os católicos, quem não fosse baptizado não era filho de Deus e não tinha direito a alcançar o paraíso.

Segundo o Diário Digital, "a Comissão Teológica Internacional, que depende da Congregação para a Doutrina da Fé, declara-se convencida de que existem «sérias razões teológicas para crer que as crianças não baptizadas que morrem se salvarão e desfrutarão da visão de Deus»", (tal como as crianças abortadas).

Declara-se convencida de que existem razões para crer, após estudos de vários anos, que o melhor era mudar para aquilo que o actual Papa há mais de vinte anos considerava uma "hipótese teológica" que o melhor era não ter em conta.

Tudo isto porque ir ou não ir para o céu é simplesmente uma questão de se crer ou não se crer, e como as crianças inocentes não têm essa possibilidade têm de ser os adultos a "crer" por elas.

E o que pensar agora das crianças que até à poucos anos morriam em Portugal e eram enterradas sem qualquer ritual numa parte menosprezada dos cemitérios, ficando esquecidas para sempre?!...

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quinta-feira, abril 12, 2007

Ciência e Decência

Former President Bill Clinton
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A Revista Psicologia Actual, na sua última edição, publica uma nota breve sobre um estudo realizado e publicado no estrangeiro que conclui que ter relações sexuais antes de falar em público melhora a performance do discurso público.

Mais especificamente, essa melhoria só se alcança se a relação for constituída por penetração.

Por esta breve descrição podemos imaginar os investigadores a verificar como é o acto sexual de cada participante no estudo, assim como a sua intervenção pública posterior.

Mas os mais curioso seria imaginar qual o parceiro que permite a penetração para um estudo com estes objectivos!

É que se for alguém com quem já há um relacionamento afectivo, significa que o interventor tem alguém que o acompanha nos bastidores do discurso, o que por si lhe dará mais segurança para discursar – para além de haver à-vontade suficiente quer para penetrar em observação, quer para discursar em público.

Mas se não for, isto é, se o acto por si, com qualquer parceiro, libertar a tensão que permite a tal melhoria, facilmente podemos imaginar os bastidores dos congressos, parlamentos e outros auditórios, a integrarem espaços “privados” e quiçá “colaboradores” (leia-se prostitutos/as) para facilitarem a boa performance dos oradores.

Independentemente dos resultados que se pretendam obter e dos interesses dos autores dos estudos, há valores de ordem moral que têm que se sobrepor para que a ciência não caia no ridículo!

… Só porque rir faz bem!


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