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Se um pai e uma mãe são muito importantes para o desenvolvimento de uma criança, então dois pais e duas mães poderiam ser ainda muito mais, tal a riqueza de ensinamentos que transmitiriam à mesma.
Mas as regras sociais indicam que cada pessoa só pode ter um pai e uma mãe. E as regras da justiça indicam que o pai e a mãe são aqueles que geram a criança, e não aqueles que dela cuidam, que a alimentam e que a educam.
Se não houvesse a luta pelo poder paternal, suportada pela cultura, e pela justiça, aquela criança poderia ser a criança mais rica do mundo, porque tinha, ou tem, quatro adultos que a querem mimar.
Mas a luta dos adultos anula a sorte da criança. E a possível fortuna transforma-se na própria desgraça.
Os técnicos falam em graves perturbações psicológicas, e demitem-se. Porque o tribunal decide. Mas a justiça é cega.
Quem no futuro pode ser responsabilizado por uma vida perturbada!?
Todos nós! Todos somos responsáveis porque nada fazemos quando ouvimos constantemente dizer que vai ser errado entregar aquela criança aos outros pais! São responsáveis os profissionais da comunicação social porque podem eventualmente ter transmitido interpretações erradas ao público em geral! São responsáveis os técnicos que acompanhavam aquela criança porque desistiram de lutar contra uma decisão que eles consideravam ser prejudicial à criança! São responsáveis os juízes porque decidiram em nome da lei, menosprezando os supostos interesses da criança e principalmente as indicações dos técnicos! E são responsáveis os pais, todos, porque, para lutar pelos seus interesses enquanto pais, colocaram em segundo lugar a criança!
Aquela criança é o essencial desta questão, e todos os demais interesses deviam ser colocados em segundo plano!
Mas é assim a vida! Enquanto humanos, adultos, civilizados, não permitimos que certas regras instituídas sejam quebradas! E esquecemo-nos que quem faz as verdadeiras regras é a natureza!
A natureza permitiu que aquela criança nascesse “fruto de um relacionamento ocasional e esporádico havido entre o pai e a mãe” diz o nº 35 do acórdão do Tribunal Judicial de Torres Novas, em 16 de Janeiro de 2007.
A natureza deu àquela criança o que é essencial – a vida! Mas os humanos, adultos, civilizados, teimam e tirar-lhe o que ela tem de mais importante – a paz, a saúde, e a felicidade!