segunda-feira, novembro 13, 2006

Liberdade e Solidariedade


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No Especial TSF deste domingo «Que valores para este tempo?», Manuel Vilas-Boas e Luís Borges abordaram a Conferência da Gulbenkian que reuniu investigadores de diferentes áreas do saber que vieram dar respostas à pergunta «Que valores para este tempo?», levantada na Conferência da Gulbenkian, em Lisboa.

Aqui se abordou o facto dos valores ocidentais do passado assentarem nos aspectos religiosos do Cristianismo, que se têm vindo a perder deixando um vazio existencial para o homem, uma vez que a moral é uma construção deste.

Este vazio, segundo um dos depoimentos, tem de ser preenchido pelos valores maiores da Liberdade e da Solidariedade, em que todos cumpram as regras de convivência social por opção pessoal responsável e não por imposição legal.

Estes valores estão ainda muito distantes dos valores económicos que continuam a dominar o mundo.

Assim, para que os novos valores, no futuro, se tornem uma realidade na humanidade, preenchendo o vazio deixado pelas religiões, seria importante começar a transmitir aos mais novos, nomeadamente às crianças, que ser o melhor implica ajudar os outros a crescer e não ultrapassá-los.


1 Comments:

Blogger SAM said...

Considero também que não se podem impor valores por meio de despachos, decretos e legislações. Cada ser humano é um ser no mundo capaz de crescer de forma autónoma.

Não obstante, neste crescimento é necessário uma moderada guia que melhor nos capacite dos poderes necessários para tal.

As religiões do mundo, dos quais conhecemos o sabeanísmo, o hinduísmo, o judaísmo, o zoroastrianismo, o budismo, o cristianismo, o islám, e a fé bahá'í, são meios justos e válidos que permitiram às sociedades onde surgiram progredirem com força e ímpeto imcomparáveis nas suas histórias.

O vazio então, não é deixado pela religiosidade. Antes pelo contrário: o ser humano, alienando a sua busca de sentido através dos valores, acaba por alienar o seu progresso insuflando na religião cada vez mais coisas que não tinham nada a ver com aquele Movimento que surgiu em circunstâncias determinadas.

A religião traz os valores adequados para o crescimento pessoal e colectivo. O ser humano é que a deturpou.

É daí que concordo consigo que crescer não é competir, no sentido que a religião nos provê, mas cooperar no crescimento colectivo de todos os que se encontram ao nosso redor.

14:12  

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