quinta-feira, março 13, 2008

O Estado e a Família

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O Governo acaba de aprovar um aumento de 20% do abono de família para as famílias monoparentais, que, segundo os dados divulgados, vai abranger cerca de 200 mil crianças.

Embora os apoios do estado ao nível social sejam sempre bem-vindos, há aqui questões que merecem alguma reflecção.

Alguns estudos sobre o desenvolvimento de crianças em famílias monoparentais apontam para um maior índice de aspectos negativos, se comparadas com crianças de famílias biparentais, nomeadamente: maior probabilidade para distúrbios emocionais; mais gravidez na adolescência; menor adaptabilidade social; piores resultados escolares; menor esperança média de vida; mais comportamentos de risco na adolescência...

Por outro lado, em Portugal, não é permitido haver crianças filhas de pais incógnitos, o que significa que todas as crianças têm um pai e uma mãe (embora a decisão do seu nascimento dependa, legalmente, apenas da mãe, de acordo com a nova lei do aborto), e todos os pais, juntos ou separados, são obrigados a apoiar os filhos, nomeadamente ao nível económico.

Posto isto, questiona-se se esta medida não estará a promover uma realidade, que por si não é a melhor para as crianças, sendo que pode também ser injusta, dado que, legalmente, estas 200 mil crianças não são mais pobres financeiramente, ainda que o sejam ao nível das relações humanas, importantes para um crescimento saudável.

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