quarta-feira, dezembro 20, 2006

Feliz Natal!...

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O post anterior levantou a questão da liberdade de não se festejar o Natal. Naturalmente que em países civilizados cada pessoa é livre para festejar ou não o Natal, como para festejar, ou não, outra coisa qualquer.

O que não pode passar indiferente é a relação que cada "festa" tem com a cultura que a produziu.

Festejar o Natal em Portugal é como festejar o futebol, ou o fado, ou a boa gastronomia, o vinho do Porto... Faz parte da cultura e da tradição portuguesa.

O mundo português implica a existência do Natal - seja qual o sentido que cada pessoa lhe queira atribuir. Quem escreve e lê em língua portuguesa, tem obrigatoriamente de ter uma representação mental do Natal, da mesma forma que quem conhece outras culturas "festeja", de algum modo, as suas representações.

Um português, sem qualquer ligação aos Estados Unidos, nunca festejaria o dia da Acção de Graças, como não festejaria o Ramadão se não tivesse qualquer ligação ao Islamismo.

Falar do Bhagavad Gita e do diálogo que Krishna tem com Arjuna para um português "normal" seria o mesmo que falar do Nascimento e dos Evangelhos de Jesus para um hindu "normal".

O que faz o ser de cada pessoa é o mundo em que ela nasceu e cresceu e é isso que tem que ser respeitado. E se actualmente se cruzam muitas culturas é apenas porque a tecnologia o permite.

O espírito do Natal é o espírito da boa vontade e do respeito por todos, incluindo aqueles para quem o Natal pouco ou nada significa. Que esta seja a primeira mensagem que fica deste post. Que a segunda mensagem seja que a língua portuguesa incluí o Natal. E porque este é um texto escrito em português, de Portugal, e que, na sua origem, só em português pode ser lido, a terceira mensagem só com estas letras pode ser escrita: para todos, um Feliz Natal!...

4 Comments:

Blogger Ana M. said...

Vim aqui, depois da sua visita, que agradeço.
Um excelente Natal para si, porque vejo que também o vive.
Gostei muito do seu blog e dos valores que, por aqui, se exprimem.
Parabéns.
A Associação República e Laicidade é um dos meus "òdiozinhos de estimação", mas esta não é a melhor altura para declarar guerras...

00:54  
Anonymous Anónimo said...

Vou contar a origem de Natal:
Em ano 274 D.C. o imperador Aureliano oficializou o culto ao Sol, homenageando-O com a construção de um templo e denominou: "Dies Natalis Solis" (O Dia do Nascimento do Sol Inconquistável) e com direito a uma celebração a 25 de Dezembro o dia em que pensavam ser o inicio do solstício de Inverno.
Cerca de 75 anos depois o Papa Júlio I decretou que o nascimento de Cristo deveria ser comemorado no dia 25 de Dezembro, por substituição à veneração ao Deus Sol.
De facto os cristãos passaram a comemorar nessa data o nascimento do Messias visto este simbolizar a luz divina, o Sol da justiça. Quanto à verdadeira data do nascimento de Jesus Cristo ainda hoje permanece desconhecido e nos relatos bíblicos não se encontra qualquer referência sobre este facto.

12:41  
Blogger antónio paiva said...

.............

Feliz Natal

Tudo de bom


Noite serena

23:09  
Blogger SAM said...

Desta temos um post mais sensato e adequado às festividades natalíceas. A Veja brasileira da próxima semana afirma assim "Somos todos cristãos
Cristo é e seguirá sendo a principal referência do que reconhecemos no Ocidente como a 'nossa' cultura. Católicos, protestantes, judeus, islâmicos, budistas, espíritas, agnósticos, ateus - não importa. Comungamos de um patrimônio que entendemos como ideal de civilização e de justiça".

O que se clama não é a homogeneização de todos, mas a aceitação da diferença e, como tal, o direito a celebrar ou não celebrar no seio da família e jamais a obrigação de celebrar (ou não) em locais de domínio público.

Por isso, ao contrário do anterior post que incorria de comparações inadequadas, devo dizer que gostei bastante deste.

Um feliz Natal! E, que o celebre com paz, serenidade, ponderação e amor!

23:52  

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